Projeto de divulgação da memória do Marabaixo, maior tradição cultural do Amapá

sábado, 28 de junho de 2014

Terminam as filmagens do doc As Tias do Marabaixo

Tia Chiquinha com a juventude do Marabaixo


Nesta sexta, 27 de junho, concluímos as filmagens do doc As Tias do Marabaixo, iniciadas em 7 de maio. Ao longo destes 51 dias, colhi depoimentos das pessoas vivas com maior experiência e sabedoria acumuladas em trajetórias quase seculares de respeito e amor ao Marabaixo, uma manifestação cultural afro-amapaense. Quase seculares, sim, pois uma de nossas entrevistadas, a Tia Zefa, completou em fevereiro 98 anos. Anteontem, foi a vez de outra entrevistada, a Tia Chiquinha, comemorar seus 94 (já falamos mais sobre isso). Também ouvimos Natalina Costa e sua irmã Tia Zezé, até chegarmos ontem ao depoimento que faltava, o da Tia Biló, figura histórica do Marabaixo do Laguinho, fundado por seu pai, mestre Julião Ramos. Também gravamos (eu e a equipe da Graphite Comunicação, que contratei para executar as filmagens) diversas festas: o 2º, 3º e 4º Marabaixos (respectivamente nos barracões Dica Congó, Tia Biló e Gertrudes Saturnino), o Cortejo da Murta (que percorreu a av. Beira-Rio até a igreja de São José, em 1º de junho) e o encerramento do Ciclo, no dia do 6º Marabaixo, quando estivemos nos quatro barracões onde se realiza o ciclo atualmente (além dos já citados, também o do Mestre Pavão, sendo que registramos a derrubada do mastro no barracão Gertrudes Saturnino). Volto a dizer: não há previsão de data para estréia do doc, até porque ainda há toda uma pós-produção a ser feita. Enfim, manteremos vocês informados! ;) 

Saindo da casa da Tia Biló, no bairro Renascer, a equipe da Graphite me deixou no Centro Cultural Raízes do Bolão, no Curiaú, onde acompanhei a festa que comemorou o aniversário de Tia Chiquinha, ocorrido na véspera. A festa teve apresentações da banda Afro Brasil e dos cantores Brenda Melo, Paulo Bastos, Raule Assunção, Oneide Bastos e Amadeu Cavalcante. Em dado momento, a própria Tia Chiquinha se juntou à Afro Brasil para entoar um batuque (foto abaixo). 


(Fotos: Fabio Gomes)

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